sábado, julho 07, 2007

Dois poetas...e os perdidos.



Para onde vão as idéias rejeitadas, os projetos esquecidos, as crenças arruinadas?
A árvore está imóvel, permanece parada no seu banho de luz.
Mas ontem mesmo ela se agitava com todas as suas folhas, ramos e galhos, até mesmo seu potente tronco, cor de pedra e quase pedra.
Onde está sua agitação, seu entusiasmo, suas torções de braços e mãos?



Paul Valéry







Os guarda-chuvas perdidos... aonde vão parar os guarda-chuvas perdidos? E os botões que se desprenderam? E as pastas de papéis, os estojos de pince-nez, as maletas esquecidas nas gares, as dentaduras postiças, os pacotes de compras, os lenços com pequenas economias, aonde vão parar todos esses objetos heteróclitos e tristes? Não sabes? Vão parar nos anéis de Saturno, são eles que formam, eternamente girando, os estranhos anéis desse planeta misterioso e amigo.



Mario Quintana

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