sábado, abril 10, 2010

Poeta que amo!

Hilda Hilst






:






XXI






Não te machuque a minha ausência, meu Deus,


Quando eu não mais estiver na Terra


Onde agora canto amor e heresia.


Outros hão ferir e amar


Teu coração e corpo. Tuas bifrontes


Valias, mandarim e ovelha, soberba e timidez






Não temas.


Meus pares e outros homens


Te farão viver destas duas voragens:


Matança e amanhecer, sangue e poesia.






Chora por mim. Pela poeira que fui


Serei, e sou agora. Pelo esquecimento


Que virá de ti e dos amigos.


Pelas palavras que te deram vida


E hoje me dão morte. Punhal, cegueira






Sorri, meu Deus, por mim. De cedro


De mil abelhas tu és. Cavalo-d’água


Rondando o ego. Sorri. Te amei sonâmbula


Esdrúxula, mas te amei inteira.



sexta-feira, abril 09, 2010

Cigarro

Apague  seu último cigarro.
Depois...acenda-me!!!

São Gabriel, 9 de abril de 2010.
Nise

quinta-feira, abril 01, 2010

Morrer de amor


Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.
Mario Quintana
Copiei porque achei lindo demais do blog :Andorinha Negra