segunda-feira, junho 30, 2008

Amanhecimento


Amanhecimento


De tanta noite que dormi contigo


no sono acordado dos amores


de tudo que desembocamos em amanhecimento


a aurora acabou por virar processo.


Mesmo agora


quando nossos poentes se acumulam


quando nossos destinos se torturam


no acaso ocaso das escolhas


as ternas folhas roçam


a dura parede.


nossa sede se esconde


atrás do tronco da árvore


e geme muda de modo a


só nós ouvirmos.


Vai assim seguindo o desfile das tentativas de não


so pio de todas as asneiras


todas as besteiras se acumulam em vão ao pé da montanha


para um dia partirem em revoada.


Ainda que nos anoiteça


tem manhã nessa invernada


Violões, canções, invenções de alvorada...


Ninguém repara,nossa noite está acostumada.
Preciso lembrar o autor.
Nise
São Gabriel, 12 de julho de 2008.

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