7,30 .
Levanto.
Ando pela casa, vigiando portas, espiando janelas.
Reviro gavetas esquecidas.
Só.
Acho, numa delas, meus sinos de vento.Na última mudança , ali esquecidos.
Já não estou só.
Uma vontade de casa enfeitada, de vê-los ao vento balançar e tocar...
Na caixa de ferramentas, martelo e pregos, no coração um alvoroço de alegria antecipada por cada um.
Do de pedras cortadas como fatias de si, o de pássaros que querem voltar a cantar, o todo colorido, furta cores chinês , finalmente o de estrelas.
Espalho -os pelas portas, janelas, emocionada, feliz.
8,30.
Levantas.
Amarras teu ranço nos meus pés, colocas fel na minha boca, emudeces o vento.
Resta tapar os ouvidos, fechar o coração e imaginar que teu riso podia ser o mais bonito sino dos ventos.
Nise
São Gabriel, 2 de fevereiro de 2008.
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